O nome do jogo é Transporte Público, e os holandeses são os craques em campo. Em Amsterdam, ter um carro não é apenas um luxo, é uma dor de cabeça! A realidade é que você está bem melhor usando o transporte público mesmo ou, melhor ainda, sua bicicleta.
O transporte público em si é dividido em 4 partes: trens, metros, trams e ônibus. O coração de Amsterdam é a Estação Central, convenientemente localizada no centro da cidade. De lá, você pode pegar trens para os subúrbios, para outras cidades, e até para outros países, como foi nosso caso indo para Alemanha.
Você vai achar alguns tipos de trem de acordo com onde você vai, desde o sprinter até os trens de alta velocidade, com um ou dois andares, primeira e segunda classe. É realmente uma forma muito divertida e confortável de se viajar.
Além dos trens, você pode pegar o metrô a partir da Estação Central. O foco é o transporte para as regiões vizinhas a Amsterdam, a partir da Estação Central. Para quem conhece outros metrôs, não muda muito: trilhos, vagões e túneis.
Do lado de fora da Estação Central você pode também facilmente pegar um tram. O tram é basicamente um bonde – um veículo leve sobre trilhos como o que estão fazendo em Brasília – e seu foco é o centro da cidade, cruzando diversos pontos turísticos e regiões próximas. É uma forma muito tranquila de se percorrer distâncias curtas quando não se quer andar muito.
Finalmente, você pode pegar também um bom e velho ônibus. A diferença é que aqui as linhas de ônibus são muito bem organizadas e contam com um sistema que facilita muito a vida do turista perdido. Assim como nos metrôs, trens e trams, o ônibus indica em um painel luminoso qual sua próxima parada. Tudo que você precisa fazer é olhar no mapa onde vai parar, esperar o nome aparecer no painel, apertar stop e aproveitar o destino.
Outra coisa muito legal são as tabelas e os mapas colocados em cada parada, pois mostram quais trams ou ônibus passam neste ponto e em que horários. A malha do transporte público é mesmo impressionante, bem desenhada para cobrir todas as regiões e, muitas vezes, te dá mais de uma opção para ir de A a B. Aplaudo de pé quem desenhou e desenvolveu o sistema e entendo porquê muitos holandeses usam o transporte público.
E não é só isso!! O sistema de pagamento também é algo muito interessante. A forma mais comum de se pagar são os OV Chipkaarts, ou cartões de chip para transporte. Basicamente, um cartão com chip de proximidade que você passa em uma maquina leitora. A diferença aqui é que você passa o cartão na entrada, e na saída (faz check in e check out). Mas, na saída? Por quê? A resposta é simples e faz todo sentido: você não paga uma taxa fixa pra viajar aqui, e sim uma taxa baseada em seu uso do transporte e nas distâncias, ou seja, o valor considera se você está se transferindo de um bonde pro outro ou do ônibus para o tram e a distância que você percorreu no trajeto todo. Uma forma muito justa de se cobrar e bem adequada ao seu uso.
Estes cartões podem ser usados em todos os transportes, menos nos trens para fora da cidade, Mas, na hora de comprar a passagem para estes trens, você pode usar seu cartão OV Chipkaart como um cartão de débito. Resumindo: ele é basicamente tudo que você precisa. Para turistas é ainda mais legal, você pode simplesmente comprar um OV com tempo de validade: 1 hora, 1 dia, 2 dias etc e usar à vontade.
Faltou explicar porquê carros são pesadelos. Bem, você vai pagar para estacionar, andar por ruas estreitas, desviar de bicicletas, de bondes, de pessoas sem contar que você vai fazer baliza em todo lugar e até mesmo na beira de um canal! Enfim, uma aventura que eu pessoalmente prefiro evitar.